Aquilo que em algum momento consideramos belo até mesmo por um grande período em nossas vidas,possivelmente perca seu brilho em outra etapa , não que seja algo ruim, mas uma descoberta valiosa e remédio para muitas dores e sofrimento.
Nos é ensinado, desde muito cedo, que somos capazes de amar, mas nunca nos disseram como é realmente o amor e que este pode ser passível de mudança ou acabar, assim como nós o conhecemos. Temos a tendência de ver o amor na paixão (nosso grande erro), são sentimentos diferentes e com prazo de “validade” improváveis.
Sentimentos não são objetos manipuláveis que temos controle absoluto, principalmente em se tratando do sentimento do outro. Em algum momento de nossas vidas podemos conquistar alguém, mas a conquista não é para sempre, ao mesmo tempo em que estamos amadurecendo, crescendo , evoluindo, nossos sentimentos, valores, objetivos e opiniões caminham juntos.
Portanto com o movimento natural da vida, a tendência é a mudança, dentro e fora de nós mesmos. Tudo o que não estiver bem claro e definido dentro do nosso eu tende a mudar com o passar do tempo. Assim é o chamado “amor” ou nossos sentimentos.
Quando percebemos as características do “belo” (ou o que acreditamos ser belo) em nossas vidas e estes possuem as mesmas características trata-se do nosso natural, faz parte do nosso ser, trata-se do real (ex. aprecio o por do sol desde que nasci). Quando, por forças externas, começamos a “aprender” ver beleza em certas coisas e pessoas é mudança interior, de valores.
Quando percebemos as características do “belo” (ou o que acreditamos ser belo) em nossas vidas e estes possuem as mesmas características trata-se do nosso natural, faz parte do nosso ser, trata-se do real (ex. aprecio o por do sol desde que nasci). Quando, por forças externas, começamos a “aprender” ver beleza em certas coisas e pessoas é mudança interior, de valores.
Consequentemente apreciações anteriores ao crescimento já não tem o mesmo peso ou intensidade .
Assim acontece também com os sentimentos nutridos pelas pessoas, aquilo em que se acreditou ser amor no passado, poderá transformar-se em respeito, amizade,afinidade, outro tipo de amor, aquele em que as pernas não ficam mais bambas, o coração não dispara e a voz não fica trêmula e o brilho no olhar não é mais o mesmo; neste momento deixamos de sentir a energia do amor individual aquele que queremos tomar posse, contudo não deixa de ser amor em outro nível de consciência quando alimentamos bons sentimentos em relação à alguém e compreendemos que tal pessoa permaneceu em nossas vidas pelo tempo que necessitava ficar, e a partir do momento que não acrescentava mais, saiu ela assim como teria entrado (vice e versa).
Somos iscas fáceis do nosso ego. Quando um relacionamento pessoal e íntimo, por uma razão ou outra, chega ao seu final, sobram tristezas, mágoas, sofrimentos por algo que acreditávamos que deveria ser eterno, certamente uma questão cultural do não mutável, de apegos exagerados e falta de compreensão do movimento universal e, principalmente, em ignorar o que realmente é o amor em suas diversas manifestações.
Inconscientemente somos tão dependentes da ideia do eterno que não aceitamos perdas e mudanças em nossas vidas. Tudo isso gera conflitos internos e depreciação pessoal, do tipo: ele (a) me trocou por outra pessoa, não sou merecedor disso, daquilo, não venci, e outras tantas.
Quando estamos conscientes e despertos para o mundo em que vivemos temos outra percepção sobre “perdas”, percebemos a energia que paira sobre tudo e todos e que existe um propósito maior para o que quer que seja; normalmente um grande aprendizado e um portal para grandes mudanças internas.
Na aceitação e compreensão real dos fatos teremos a capacidade de olhar a situação como expectadores e nela ver com clareza os porquês que tanto nos afligem, questionarmos, porque nos sentimos daquela forma diante de determinadas situações. Se não temos conhecimento dos nossos próprios sentimentos, como desejamos conhecer o outro em sua totalidade e depositar nele todas as nossas expectativas de vida?
Nada é por acaso (adoro esta frase) e não é mesmo, estamos aqui em uma grande escola, aprendendo a amar (corretamente); amar ao próximo, a nós mesmos e a tudo o que nos rodeia; termos consciência da interdependência que existe entre tudo e todos, na troca de ensinamentos e no grande desafio de sabermos perdoar (compreender) verdadeiramente.
Quando temos esta compreensão, mudamos nossa percepção sobre o nosso universo físico, ampliando nossa sensibilidade e não mais com sentimentos egoístas de posse, mas perceber que todo homem nasce livre para viver sua jornada, assim como os pássaros e todos os animais que conhecemos; nada é imposto em níveis sentimentais, as relações se mantém espontaneamente, se complementam, somam, enquanto fazem bem a ambos, independentes de convenções pré-determinadas.
Nascemos para sermos felizes, e a felicidade está embutida em querer o que se pode e fazer o que se deve sem nunca esperar felicidade desmedida, ela primeiramente deve ser encontrada dentro de nós mesmos e depois compartilhada com outrem. Tudo o que precisamos está dentro, não fora, o externo deve complementar e não ser objeto de salvação.
Texto : Daisi Oliveira de Souza
Palavras para reflexão: “ A questão decisiva para o homem é: Ele está relacionado ou não com algo infinito? Essa é a questão impressionante da vida.” Carl Jung
Belo texto, poderia dizer que a visão de vida do Ser que me acompanha: primeiro entenda a si próprio em todos os sentidos, para depois entender o exterior, td enta inserido dentro de nós mesmos (o intrapessoal), o exterior apenas vem complementar o nosso entendimento interno (de nós mesmos).
ResponderExcluirVELE A PENA SER LIDO PARA REFLEXÃO DE CADA UM
Obrigada Claudio, pelo belo comentário.
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