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terça-feira, 12 de março de 2013

Consciência, Amor e Maturidade


 
Conversando sobre  consciência, amor e maturidade
Uma Entrevista com um dos Espíritos da Companhia do Amor*

- Por que as pessoas tanto temem se abrir para um grande Amor?

Resposta: Por causa do rabo preso no próprio ego, por medo de ficar vulnerável no contato com os outros e por falta de profundidade para viver com o Amor real pulsando no próprio coração. Logo, somando-se esses fatores, observa-se, claramente, o porquê das relações humanas serem tão complicadas. A maioria quer viver um grande Amor, mas só na teoria ou na base de um romantismo distorcido.

Contudo, o Amor não vive de teorias ou fantasias de romance. A realidade cobra posturas e posições claras e, por vezes, surgem atritos variados e dificuldades de relacionamento. Sem maturidade e verdade, não há Amor que resista.

- Como é possível as pessoas se amarem e, ao mesmo tempo, brigarem tanto?

Resposta: Meu caro, quando o coração aperta, não é fácil! Então, lhe digo o seguinte: Quem vive cheio de emoções pequenas e instáveis não tem condições de suportar a força e a Luz de um grande Amor.

As pessoas brigam mesmo por arrogância encruada e rasura consciencial.

A maioria carrega um monte de penduricalhos emocionais agarrados no coração, causando peso e agonia. E se pelam de medo de soltar tais bugigangas afetivas. Aliás, não sabem nem viver sem elas.

- E pessoas presas de ciúmes doentios? O que se passa com elas?

Resposta: Insegurança crônica, falta de doses cavalares de bom senso ou traumas trazidos de outras relações anteriores, dessa ou de outras vidas. Trata-se de doença crônica da mente. Precisa ser combatida e tratada adequadamente.

Algumas pessoas ensandecidas de ciúmes e emoções gosmentas tomam atitudes drásticas, mesmo sem causa verdadeira para tanto. Gritam, esperneiam e brigam facilmente, movidas por suspeitas, muitas vezes infundadas.

Algumas mais parecem detetives investigando a vida do parceiro (a). Fuçam no celular e na bolsa alheia, procurando provas do suposto crime da pessoa amada.

Pena que elas não procuram sabedoria nem consciência com tanta vontade.

- Certa vez, você me disse que as pessoas com baixa autoestima perderam o respeito, inclusive por si mesmas. Você pode me falar mais alguma coisa sobre isso?

Resposta: Claro. “Está na ponta da língua”, como se dizia antigamente.

Quem não respeita a si próprio, não tem como respeitar aos outros e nem à própria existência. Por isso, é prioritário recuperar a autoestima e batalhar para melhorar. Isso não pode depender de contextos exteriores, é coisa de dentro, no cerne da própria inteligência.

“Estar bem” é um estado de consciência! Depende da pessoa não se conformar com estados internos deprimentes. Ninguém deve aceitar climas sombrios dentro do coração e nem manchas cinzentas toldando o raciocínio. É essencial trabalhar em cima disso. E, se for preciso, procurar ajuda para vencer a miséria interna. Mas, sempre lembrando que toda ajuda externa, por melhor que seja, depende da vontade da própria pessoa de melhorar.

Fazer terapia ajuda muito. Rezar também. E procurar clarear a “cuca” com idéias bem arejadas. Porém, a principal força de renovação está dentro dela mesma. O objetivo é resgatar essa parte essencial e trazê-la para a vida. E se a própria pessoa não quiser melhorar, quem poderá dar jeito nela?

É por isso que o Papai do Céu criou o Dr. Carma** - e quando a pessoa empaca igual burro teimoso, é Ele que vem resolver a parada. E se o Amor e a inteligência não convencem, Ele entra com a medicação certa: a dor (física, moral ou espiritual, tanto faz). E a sabedoria popular registra isso com a seguinte máxima: “Quem não evolui pelo Amor, vai pela dor!”

- Como lidar com as emoções?

Resposta: Meu caro, não tem técnica para isso aí. O lance é observar a si mesmo, aprender com os próprios erros e evitar repeti-los tolamente. As emoções não são boas ou más e fazem parte do ser humano. Boa ou ruim é a forma como os homens lidam com elas.

Alguns explodem facilmente; outros se retraem e não enfrentam a verdade de frente; e outros mais, deixam-se levar sem reação saudável.

A maioria exagera mesmo! Partindo para cima, ou correndo de medo, as pessoas são presas fáceis de suas confusões afetivas; são verdadeiros joguetes, sendo balançados para cá e para lá, ao sabor de suas próprias sandices emocionais.

Como falar de Amor real para quem está cheio de tantas fantasias distorcidas e rasura emocional?

- O choro alivia a alma?

Resposta: Depende do tipo de choro e de quem chora, pois há choros de vários tipos. Alguns choram porque seu ego foi ferido de alguma maneira. Esse é o verdadeiro motivo das pessoas não processarem muito bem suas perdas afetivas. Outros choram porque não conseguiram o que queriam, seja lá o que for. E outros, ainda, choram de chantagem emocional.

E essa choradeira não dá em nada! Porque não é choro d’alma, é choro do ego!

O choro que lava a alma é aquele que vem da alegria espontânea e do Amor verdadeiro. E, falando direto, na lata, como manda o figurino, as pessoas choram muito, por isso ou por aquilo, mas, quem chora pela falta de consciência em si mesmo? Ou pela falta de qualidade de suas emoções? E quem chora pelo Papai do Céu?

- Como fica o coração que permite a entrada do ódio e da vingança?

Resposta: Um lixo! E coração não é lugar de tranqueiras emocionais.

O ódio deixa a pessoa doente por dentro e causa sérios bloqueios nas energias, empatando o impulso da vida de fluir livremente pelo sistema.

Odiar custa caro! Mesmo assim, tem gente que se deixa levar...

E, novamente eu pergunto: Como falar de Amor para gente assim, tão infeliz e apagada?

- E a solidão? Fale algo sobre isso.

Resposta: Que solidão, meu caro? Isso não existe!

Nesse mesmo momento, se alguém lhe visse, diria que você está sozinho. E, no entanto, eu estou aqui junto com você. O outro nome da solidão é “cegueira espiritual”.

Alguém pode estar sozinho no plano físico, mas sem sentir solidão, estando bem consigo mesmo; enquanto outros podem estar no meio de uma multidão, mas sentindo-se deslocados e solitários. Tudo depende de como as pessoas lidam com isso.

O ser humano tem necessidade de se relacionar, é de sua própria natureza, porém, às vezes, também precisa ficar sozinho, para refletir e reciclar a si mesmo.

Agora, o pior é ter tudo o que se quer na mão, mas, ainda assim, sentindo-se insatisfeito e infeliz. Então, a solidão aparece e cobra seu preço.

E a pior solidão é a daquele que não reconhece a presença do Papai do Céu em todas as coisas. O mundo está cheio de gente assim.

- Você sabe do caso de minha amiga que foi traída e tomou um chute do parceiro e viu o que eu disse para ela na ocasião. Então, você pode me falar algo a respeito disso?

Resposta: Quando a pessoa está bem consigo mesma, tomar um chute não é o fim do mundo. Ela processa bem o fato, até porque sua autoestima é boa e o respeito por si mesma é maior. Ela absorve o golpe e supera rapidamente, seguindo em frente... Inclusive, porque conhece bem seu coração e sabe que nada sujo pode habitar ali, muito menos a mágoa ou remoques de qualquer tipo. Ela sabe de seu valor e confia em sua luz.

Em contrapartida, se a pessoa não estiver bem com ela mesma, carregará seu coração de peso e dor. E isso só causará prejuízos em sua vida. Se o ego dela for grande, não suportará a rejeição e se sentirá no papel de vítima.

Às vezes, perder alguém pode ser de grande valia para a maturidade tomar seu lugar. O lado bom é o da quebra do ego, mostrando o que precisa ser trabalhado dentro da pessoa. Então, diga para sua amiga que se ela se considera do bem e da Luz, que supere logo a tristeza e siga em frente... E, se ela for boa como pensa, compreenderá isso claramente.

E, diga mais uma coisa para ela que não precisa ser santa para superar uma situação dessas; basta ser razoável consigo mesma. E não valorize tanto o que aconteceu; afinal, quem perdeu uma boa pessoa foi ele. E, por favor, dê um jeito de ser feliz, com alguém ao seu lado, ou não, quem sabe? O que não se pode admitir, em hipótese alguma, é a perda da Luz do coração.

- Como você é um craque nesses lances emocionais, deixe algum toque final para os leitores.

Resposta: Craque é o Papai do Céu, meu chapa! Ele bate um bolão e o campo d’Ele é o universo inteiro. Ele é o Cara!

O meu apontamento final é o seguinte: O Amor é maior do que tudo; não tem idade e nem vê aparência; não é medido por valores materiais; jamais julga ou cria dramas; não é drástico e nem machuca; é, verdadeiramente, um estado de consciência!

Para aguentar um Grande Amor no coração, só sendo uma grande pessoa porque sua Luz é intensa e fere os olhos de quem não quer enxergar além de suas ilusões.

Meu caro, fique bem feliz, sempre...

Que o Papai do Céu abençoe a todos os leitores.

P.S.:

Muita gente voa nos aviões de suas ilusões, e não chega a parte alguma.

Contudo, quem é esperto (e desperto), salta fora desses voos ruins.

Quem ama realmente, só voa de primeira classe, nas asas do Papai do Céu.

Na Terra ou no Astral, o Amor é a força de tudo o que é forte.

Quem sabe disso, é feliz.


- Companhia do Amor –

A Turma dos Poetas em Flor***.

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)


- Nota de Wagner Borges:
 
Ah, o Amor!

Aplaca a fera;

Amansa o ego;

Abre os olhos;

Faz rir de nada;

Faz a Luz eclodir;

Faz viver;

E derrete o coração...

Ah, derrete, sim.

E quem ama, sabe.

E agradece.

Porque o Amor é um presente.

E faz a consciência virar sol.

Paz e Luz.

- Notas do Texto:

* Esses escritos são a transcrição de um papo extrafísico com um dos espíritos da Companhia do Amor.

Wagner Borges, em sua coluna no site do IPPB

www.ippb.org.br


 

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