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sábado, 6 de dezembro de 2014

2015 - UM ANO DE CURA ATRAVÉS DO PERDÃO E DA UNIDADE! UMA GRANDE OPORTUNIDADE PARA A HUMANIDADE PROSPERAR!  


O ano chinês 2015 começa em 19 de fevereiro e na Astrologia Chinesa será um ano regido pela Cabra de Madeira. Mas a energia da Cabra já está sendo tão aguardada pela espiritualidade e a humanidade está precisando tanto dela, que já é possível senti-la antes mesmo do ano 2014 terminar.

A cabra é uma energia Yin, um símbolo de paz, sensibilidade, coexistência harmoniosa e tranquilidade. Este é um ano calmo depois do ano energético do cavalo. Um ano para relaxar e fazer as pazes com tudo e todos. As coisas progridem lentamente e nós tenderemos a ser mais sentimentais e emocionais. A influência da cabra aproximar-nos mais do lar e das nossas famílias. 
Iremos importar-nos mais com aqueles que estão perto de nós e seremos mais liberais com o nosso tempo e dinheiro. Um sentimento de União irá se fortalecer em muitos corações. E aqueles que não vibrarem no somar e buscarem somente um crescimento pessoal, terão um ano bem complicado.

Vindo depois de um ano 7, que tinha uma energia contemplativa e silenciosa, 2015, terá a energia do número 8, será um ano de conquistas e recompensas para quem se esforçar! 
Vai nos inspirar a tomar decisões importantes em nossas vidas. Será o momento de botarmos em prática tudo o que vínhamos planejando minuciosamente, pois a força energética deste novo ano beneficiará a realização dos nossos objetivos! Projetos com boas parcerias terão mais sucesso do que os individuais, isso é certo!

De um modo geral 2015 é favorável à Cabra. No entanto, a astrologia chinesa refere que esta situação favorável existirá apenas se a Cabra praticar a HUMILDADE e a UNIDADE. 

Esse é o estado de espírito primordial e fundamental para este ano de 2015. Será preciso lidar com os desafios de forma discreta e usar bastante energia Yin. Durante este ano da Cabra foque-se no amor e parceria, em perdão e união para só assim poder prosperar na sua caminhada. Embora haja gritos de guerra, ela será evitada advindo um período de reparação e compromisso para garantir que a paz seja mantida.

A Cabra de Madeira relaciona-se com tempos passivos e amorosos, ela vai ajudar o processo de cicatrização em relação a eventos passados causados por indivíduos que têm pouco respeito pela raça ou a própria vida humana. Será um ano de união na fé e na crença de que a boa vontade prevalecerá e vencerá sobre as forças que se recusam a obedecer a um estilo de vida pacífica. Para aqueles que confiam na bondade, felicidade e sucesso advirão.

A ênfase será em unir forças a fim de lutar contra o mal e da destruição que vem fermentando. Haverá uma maior preocupação com a estrutura, voltando ao básico e usando mais a intuição para encontrar soluções para os problemas que assolaram o mundo por algum tempo.Muita vontade depende disso - o equilíbrio da economia internacional e da harmonia social deve estar em paz. 2015 é um ano para usar as habilidades mentais sobre a força bruta. Ele não acabará com a dúvida, raiva ou desejo de violência, mas colocará um cobertor de constrangimento sobre ele.
Será um momento para unir e incutir lealdade e disciplina. 

Será Um Ano para a cura de muitas feridas antigas. Então devemos aproveitar o momento para fazer as as pazes e refazer promessas quebradas. A serenidade da cabra, as suas atitudes calmas irão retardar as coisas supostamente intensas ou ativas, mas este não é um ano para atividades agitadas - é um ano virado para a introspecção, para a Paz Interior e Exterior.

Em geral, os anos da cabra podem ser tão intensos como os do seu amigo, o cavalo, mas a causa de o cavalo ser o signo mais Yang (ativo, criativo) do horóscopo chinês, e a cabra o mais Yin (receptivo, passivo), a tendência e a que tudo aconteça de uma forma mais subtil e não tão óbvia e através de iniciativas dramáticas e impetuosas tão do gosto do cavalo.
Não surpreendentemente, olhando para os anteriores anos da cabra, existem bons exemplos de ações passivas e receptivas que foram muito importantes, sem ir mais longe, as manifestações em massa contra a invasão do Iraque ocorreram no último ano da cabra (2003), e foram nada mais e nada menos do que a primeira e maior manifestação global da história até o momento.

Além disso, a mudança do estilo cavalo para o estilo cabra, muitas vezes perturba o ordem estabelecido das coisas em todos os níveis, 
o que funciona e prospera numa forma criativa muitas vezes se estraga quando chega a hora de saber atuar passivamente e seguindo a tendência dos tempos Chegando no último momento pode-se imaginar que a Cabra de Madeira gosta das coisas tranquilas e feitas ao seu próprio ritmo, e que esta influência será sentida durante 2015, mas uma coisa é que os eventos do ano decorram devagarinho e de forma espontânea, e outra bem diferente que sejamos capazes de viver a nossa vida também de uma forma descontraída e despreocupada.

Nesta era em que tanta agitação está presente, esta energia irá ajudar o processo de cura dos eventos históricos causados por indivíduos menos conscientes. No ano da Cabra o foco precisa estar em melhorar o equilíbrio, a harmonia e a quietude do mundo, que é uma responsabilidade de todos. Por isso precisamos parar de apontar o dedo ao outro; mas fazer uma boa introspecção e focar-nos na nossa própria harmonia, equilíbrio e quietude, já que todos os nossos relacionamentos fazem do sociedade um todo.

2015: Um Ano Para Entender que chegar AO TOPO sozinho...não é conquista...pois sozinho não se compartilha de qualquer vitória!

Fonte: Amigos Virtuais da Internet em Unidade.
Edição: Equipe Animaisdepoder.com.br

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Ação ou Reação?



De um modo geral, costumamos reclamar de tudo que nos ocorre. Reclamamos do congestionamento do trânsito, da chuva que nos surpreende à saída do escritório, da demora no atendimento do serviço público, da incompetência de profissional contratado etc, etc...

Contudo, o que é importante não perdermos de vista é como reagimos a esses contratempos. Habitualmente, nossa reação é de irritabilidade, nervosismo, quase agressividade.

No entanto, da forma como encaramos as situações adversas, seremos mais ou menos felizes.

Vejamos: se ao nos prepararmos pela manhã, descobrimos a camisa não tão bem passada, podemos descarregar nossa raiva em quem consideramos responsável.

Nossas exclamações envolverão a funcionária, a quem chamaremos de inabilidosa, irresponsável, preguiçosa. No entanto, serão os afetos mais próximos que nos ouvirão a voz alterada e as altercações em desequilíbrio.

Dessa forma, contaminaremos, com fluidos deletérios, a ambiência doméstica.

A esposa poderá se magoar com as observações, acreditando que, no fundo, a estamos recriminando também, porque ela poderia ter revisado o trabalho da funcionária.

Os filhos, aguardando que os conduzamos à escola, se assustam com os gritos, em pleno início da manhã. O bebê chora, no berço, despertado pelo barulho.

Instala-se o caos. Por fim, solucionada a questão com a escolha de outra camisa, apanhamos as chaves do carro, ordenamos que as crianças andem rápido porque, afinal, perdemos precioso tempo.

Depois saberemos que um dos meninos recebeu falta, por ter se atrasado. O outro, recebeu reprimenda.

No escritório, todos nos aguardam na sala de reuniões. Estamos atrasados e a reunião começa tumultuada. Que dia!

* * *

Voltemos ao início da manhã e recomecemos. Encontramos a camisa mal passada, a deixamos de lado e escolhemos outra.

Beijamos o bebê que mama tranquilo. Chamamos as crianças, conferimos se apanharam tudo: a mochila, o agasalho e saímos tranquilos.

Todos chegam ao local dos seus deveres, sem atrasos, sem irritação.

Percebemos como uma simples ação, perante um inconveniente, tem o condão de permitir horas sequentes de paz ou de desarmonia?

Nossa vida é sempre assim.

Existem acontecimentos sobre os quais não mantemos o controle, como o atraso da condução, as bruscas alterações do clima, as ruas congestionadas, um pequeno acidente de trânsito...

Dizem que esses correspondem a dez por cento. Mas, sobre a grande maioria, noventa por cento das situações, temos amplo gerenciamento.

A forma como encaramos pequenos transtornos, determinarão horas de paz ou de grande intranquilidade.

Façamos a experiência. Em vez de reagir, de forma negativa, vamos agir, positivamente. Contornemos, administremos, encontremos soluções para problemas que se apresentem.

Não nos estressemos, não sobrecarreguemos nosso organismo com cargas ruins, gozemos de tranquilidade.

Isso para sermos mais felizes em cada um dos nossos dias, e fazermos felizes aos que nos amam.



Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Como o Corpo de Dor se Alimenta do Conflito (Eckhart Tolle)




Se houver outras pessoas por perto, em geral nosso parceiro ou nossa parceira ou um parente próximo, o corpo de dor tentará provocá-los - levá-los ao limite, como se diz - para que possa se nutrir do conflito que resultará disso. Os corpos de dor adoram relacionamentos íntimos e famílias porque é deles que retiram a maior parte do seu alimento. É difícil resistirmos ao corpo de dor de alguém que esteja determinado a suscitar uma reação da nossa parte. Instintivamente, ele conhece nossos pontos mais fracos, mais vulneráveis. Se não for bem-sucedido da primeira vez, tentará de novo seguidas vezes. É emoção pura procurando mais emoção. O corpo de dor da outra pessoa quer despertar o nosso para que os dois corpos de dor se energizem mutuamente.


Muitos relacionamentos são marcados por episódios violentos e destrutivos envolvendo o corpo de dor. Esses enfrentamentos costumam ocorrer em intervalos regulares. Para uma criança pequena, é uma dor quase insuportável ter que testemunhar a agressividade emocional dos corpos de dor dos pais, embora essa seja a sina de milhões de crianças em todo o mundo, o pesadelo da sua existência cotidiana. Essa é também uma das principais maneiras de se transmitir o corpo de dor humano de uma geração à outra. Depois de cada incidente desse tipo, os parceiros se reconciliam e se estabelece uma fase de paz relativa que terá a duração que o ego permitir.

O consumo excessivo de álcool costuma fortalecer o corpo de dor, sobretudo no caso dos homens, mas isso também ocorre com algumas mulheres. Quando uma pessoa se embriaga, ela passa por uma completa mudança de personalidade enquanto o corpo de dor assume o controle. Em geral, um indivíduo profundamente inconsciente cujo corpo de dor está habituado a se realimentar por meio da violência física a direciona para o cônjuge ou para os filhos.

Depois que o efeito do álcool passa, ele se arrepende de verdade e às vezes até diz que nunca mais repetirá a cena e acredita nisso. Porém, a pessoa que está falando e fazendo promessas não é a entidade que cometeu a violência. Assim, podemos ter certeza de que aquilo acontecerá de novo por vezes seguidas, a não ser que essa pessoa se torne presente, reconheça o corpo de dor em si mesma e abandone sua identificação com ele. Em alguns casos, o aconselhamento consegue ajudá-la a fazer isso.

A maioria dos corpos de dor quer tanto infligir quanto sentir dor, contudo alguns deles são predominantemente agressores ou vítimas. Em ambos os casos, eles se alimentam da violência, tanto emocional quanto física. Algumas pessoas que pensam estar "apaixonadas" estão na verdade se sentindo atraídas uma pela outra porque seus respectivos corpos de dor se complementam. Às vezes, os papéis de agressor e de vítima se definem já no seu primeiro contato. Embora muita gente acredite que certos casamentos foram feitos no céu, na realidade eles se realizaram no inferno.

Se você já conviveu com um gato, deve ter percebido que, até mesmo quando esse animal aparenta estar dormindo, ele sabe o que está se passando ao redor, pois, ao menor ruído inesperado, suas orelhas se direcionam para a fonte do barulho e seus olhos podem até se entreabrir ligeiramente. Com os corpos de dor latentes acontece a mesma coisa. Em algum nível, eles ainda estão despertos, prontos para entrar em ação quando um estímulo adequado se apresenta.

Nos relacionamentos íntimos, os corpos de dor costumam ser espertos o bastante para permanecer discretos até que as duas pessoas comecem a viver juntas e, de preferência, assinem um contrato comprometendo-se a ficar unidas pelo resto da vida. Nós não nos casamos apenas com uma mulher ou com um homem, também nos casamos com o corpo de dor dessa pessoa. Pode ser um verdadeiro choque quando - talvez não muito tempo depois de começarmos a viver sob o mesmo teto ou após a lua-de-mel - vemos que nosso parceiro ou nossa parceira está exibindo uma personalidade totalmente diferente. Sua voz se torna mais áspera ou aguda quando nos acusa, nos culpa ou grita conosco, em geral por uma questão de menor importância. Há casos também em que essa pessoa passa a ficar retraída.

- O que há de errado? - perguntamos.
- Não há nada de errado - ela responde.
Mas a energia intensamente hostil que ela transmite está dizendo:
- Está tudo errado.

Quando olhamos para ela, vemos que já não há luz nos seus olhos - é como se um pesado véu tivesse descido, e o ser que conhecemos e amamos e que antes era capaz de brilhar sobrepondo-se ao ego agora está inteiramente obscurecido. Parece que estamos diante de um verdadeiro estranho cujos olhos mostram apenas rancor, hostilidade, amargura ou raiva. Quando ele nos dirige suas palavras, não é nosso cônjuge que está falando, mas o corpo de dor se expressando por meio dele.

Qualquer coisa que esteja dizendo é a versão da realidade do corpo de dor, algo distorcido pelo medo, pela hostilidade, pela ira e pelo desejo de infligir e receber mais sofrimento. A essa altura, podemos nos perguntar se essa é a verdadeira face daquela pessoa - a que nunca tínhamos visto antes - e se cometemos um grande erro quando a escolhemos como companheira.

Na realidade, essa não é sua face genuína, apenas o corpo de dor que assumiu temporariamente o controle. Seria difícil encontrar um parceiro ou uma parceira que não carregasse um corpo de dor, no entanto seria sensato escolher alguém que não tivesse um corpo de dor tão denso.

(Eckhart Tolle)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Tudo Muda




Quando lhe pediram para resumir os ensinamentos de Buda em uma frase, Suzuki Roshi simplesmente disse: “Tudo muda.”

Todo mundo sabe disso, pelo menos intelectualmente, que toda a criação está em um estado de revolução sem fim. O filósofo grego Heráclito disse a famosa frase: “Nenhum mesmo homem pode percorrer o mesmo rio duas vezes, já que tanto o homem quanto o rio mudaram desde então.”

Impermanência é a própria natureza da vida.

Na verdade, a mudança é apenas outra palavra para vida-“viver” significa “mudar.” Mas poucas pessoas passam pela vida verdadeiramente consciente deste fato. Nós “entendemos” isso, mas esse entendimento (ou ”conhecimento”) falha em influir em nosso comportamento. Nós simplesmente ignoramos a forma como as coisas realmente são. Assim, o ponto desta discussão não é explicar a impermanência para você, mas para aponta-la; para acordá-lo para a verdade da mudança.

Alan Watts costumava comparar a vida à música. O ponto/propósito da música é música, ele diria. As pessoas gostam de ouvir música pelo ritmo, o fluxo da melodia. Ninguém escuta música para ouvi-la terminar. Se fosse assim, então, como Watts apontou, suas músicas favoritas seriam as que terminaram abruptamente com um único barulho de ruído. A vida é da mesma forma.

O ponto e propósito da vida é a própria vida, participar da melodia. Melodias são córregos; eles estão a fluir. Você não pode moldá-los ou prende-los. Quando você faz isso, não há fluxo. Isso é a morte.

A única maneira de participar da melodia é através da consciência desperta. Uma simples consciência desperta é fluida. Uma mente simples perde seu sentido de individuo/self/ego na música, ao passo que uma mente egocêntrica continua tentando fazer uma pausa na música. Nós forçamos muito a barra em ouvir o que queremos ouvir, em vez de mover-se com a música, viver. Estamos acostumados a nos recuar, como um espectador, um ouvinte tentando pegar o ritmo. Queremos possuir e segurar esse ritmo, essa batida, e se identificar com ele.

Não é o suficiente para nós apreciar a música. Nós temos que saber a letra. Assim, pausamos a música toda hora e voltamos, a fim de guarda-la na memória e te-la como ”nossa”.

O ego cria um sentido de identidade ou significado a partir de suas interações com “outro”.

Essas interações produzem um ”recibo”, que o ego tenta coletar e preservar. Ao invés de apreciar o show em primeira mão, o ego tira fotos e filma o show, para que ele possa falar sobre isso e compartilhar as fotos mais tarde. O rio da vida está sempre fluindo, mas para o ego, cuja existência depende de congelar esse fluxo de mudanças, a flutuação é aterrorizante, e é por isso que chamamos isso de impermanência.

Do ponto de vista pessimista do ego, flutuação e mudanças representam uma ameaça à sua estabilidade, mas no estado sem referencial de simples consciencia desperta, o espaço que permite o fluxo ou a mudança é o útero de vitalidade. A vida, a adaptação emerge deste espaço. O ego procura ignorar este espaço enchendo-o de credenciais e solicitações de depoimentos e testemunhos.

O ego é um grande colecionador.

Ele mantém todos os recibos, comprovantes, e cada memória que lhe dê razão e existência. Em uma mente egocêntrica não há espaço, não há espaço para respirar. Mas no fundo o ego sabe que a coisa toda pode ruir a qualquer momento. Ele lembra-se do espaço, a lacuna silenciosa entre cada nota que permite que a música flua. Essa memória assombra o ego. Produz paranóia e insegurança.

Esta insegurança é o benfeitor que justifica a obsessão do ego com a coleta desses ”recibos”. Uma mente egocêntrica é co-dependente, e essa co-dependência faz de tudo para evitar o espaço, flutuação. O ego é dependente de relacionamento ou de entretenimento, o que exige a separação.

Assim, o ego tem que pensar em si mesmo como uma entidade distinta. Tem que separar-se da vida. Defender esta estratégia segregacionista é necessária para o ego. A separação é o fundamento sobre o qual o império do ego é construído. Como resultado, é cronicamente insatisfeito ou sem vida.

Além do descontentamento e da insatisfação crônica, considere por um momento os problemas que alguém tem se considera a si mesmo como uma ilha ou uma entidade sólida em um mundo fluido.

As coisas mudam. No entanto, o rio não é a única coisa que muda. Segundo Heráclito, o mesmo acontece com o homem. Mas o ego se vê como imutável. Quando estamos no rio da vida com os pés plantados, como se nós fossemos uma ilha, a vida começa a se sentir como uma parede enorme de água caindo em cima de nós.

Tomemos por exemplo, a transição entre ser solteiro e em um relacionamento. Quando você está solteiro você desenvolve um estilo de vida que isso não tem que levar em consideração outra pessoa. Você pode acordar de manhã beber o seu café, ler o jornal, tomar café da manhã, ir trabalhar, ir para a academia, sair com os amigos e assistir o que quiser na TV. Mas quando você traz uma outra pessoa na mistura,você não pode continuar a operar da mesma forma. A situação mudou, por isso, seu modo de operar anterior esta desatualizado. 

Quando “eu” é uma entidade fixa ou um hábito de pensamento, essa transição é difícil. Se você se agarrar esta imagem desatualizada, o relacionamento vai começar a sentir-se claustrofóbico. Haverá um confronto após o outro. A intensidade vai continuar a aumentar ao longo do tempo, até que tudo, sua auto-imagem e o relacionamento(o homem e o rio)-acabam. 

O que pensamos sobre nós mesmos é desafiado pela mudança. Muitas pessoas dizem: “Eu não deveria ter que desistir de quem eu sou, a fim de estar em um relacionamento.” Eu digo, se você não desistir de quem você é, então você não está em um relacionamento.

Na verdade, se você não tem que desistir de quem você é cada momento de cada dia, então você não está vivo. Estar vivo é estar em constante estado de revolução. Situações de mudança devem promover mudanças no nosso comportamento. Essa é a sanidade; permitir que novas informações para atualizar o meu ponto de vista. ”Meu ponto de vista”, (o homem, no exemplo de Heráclito), deve permanecer aberto ou fluido. “Tudo muda.”, Que é o ponto básico, de acordo com Shunryu Suzuki. Tudo. A economia, a política, o tempo, as relações, as nossas crenças, a nossa própria noção de identidade – estão em estado de flutuação. Quando estamos abertos a mudanças, a transição é relativamente suave. Nós estamos indo com o fluxo. Por outro lado, quando se tenta salvar todos os nossos ”recibos” , é ai que nos afogamos.

Não podemos nadar com as mãos cheias.

Uma mente aberta é uma mente sã. Uma mente aberta não é uma mente que dá a devida atenção a qualquer idéia, independentemente de quão ridícula ela possa soar.

Uma mente aberta é uma porta de vaivém. É uma mente que não resiste à mudança. Uma mente aberta permite que o pensamento seja um reflexo da mudança. Deste ponto de vista, o pensamento é sempre fresco, porque a vida está sempre mudando. Este é o pensamento original, imaginação. Com consciência desperta, o homem e o rio fluem um no outro.

Temos que aceitar o fato de que não podemos querer sugar a felicidade a força do mundo simplesmente pegando a vida pelo pescoço e forçando-a ser do jeito que queremos que seja. Temos que ver que a vida é mudança, mudança é a vida; que eles são um na mesma coisa.

Tentar organizar fenômenos impermanentes em categorias permanentes do pensamento é como tentar arrebanhar gatos. Além disso, não estamos de alguma forma fora dessa mudança, nós somos a Vida. Nós somos mudança. Confusão e descontentamento surgem a partir da crença equivocada de que somos um substantivo, um nome. O contentamento emerge quando paramos de nadar contra a corrente e se estabelece na realização do fato de que somos uma corrente no fluxo. E essa corrente não é diferente do fluxo. É o movimento do fluxo.

Nós não somos um substantivo ou nome co-dependente que está no banco observando o fluxo de vida, mas sim um verbo que emerge do fluxo da vida.

Texto traduzido do artigo de Benjamin Riggs ”Everything the Buddha Ever Taught in 2 Words.” no site Elephantjournal

O leão e o rio




Depois de uma enchente, o leão viu-se cercado por um rio e ficou sem saber como sair dali. Nadar não era da sua natureza , mas só lhe restavam duas opções: atravessar o rio ou morrer. O leão urrou, mergulhou na água, quase se afogou, mas não conseguiu atravessar. Exausto, deitou para descansar. Foi quando escutou o rio dizer:

- Jamais lute com o que NÃO está presente.

Cautelosamente, o anima olhou em volta e perguntou:

- O que não está aqui?

- O seu inimigo não está aqui - respondeu o rio - Assim como você é um leão, eu sou apenas um rio.

Ao ouvir isso, o leão muito sereno, começou a estudar as características do rio. Logo identificou um certo ponto em que a correnteza empurrava para a margem e, entrando na água, conseguiu boiar até o outro lado.

LIÇÃO :
Muitas vezes em nossas vidas, lutamos contra um inimigo que não existe ( somente em  nossos pensamentos). Não podemos nos esquecer de que sempre existe outra maneira de olharmos os nossos problemas!

Não permita que as circunstâncias derrotem você




Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional.
Roger Crawford.

Você tem algum problema?

Sabe se tem solução? O que está fazendo neste momento para tentar resolvê-lo ? 

Agora vamos “virar o disco”! 

Você tem um Sonho? 

É um sonho que pode ser transformado em realidade? 

E o que você está fazendo neste momento para torná-lo realidade ? 

Antes que funda a cuca pensando nas respostas de todo o interrogatório até aqui. Releia e reflita bem sobre o pensamento de Roger Crawford. 

Problemas todos nós temos, são mesmo inevitáveis na maioria das vezes. Mas nós também somos providos de forças, até mesmo sobrenaturais, para superá-los. Pode ser pelo caminho da fé, pode ser pelo caminho da persistência, pode ser pelo tamanho dos nossos sonhos. 

Da mesma maneira, a maioria de nós tem sonhos. E também somos dotados de inteligência e capacidade para transformá-los em realidade. 


Porém nós podemos muito bem deixar que os problemas nos derrotem, como permitir que os sonhos se tornem impossíveis de serem realizados. 

Tudo vai depender das circunstâncias, das suas atitudes e principalmente das suas ações. 

Mas não vamos continuar falando de problemas! Vamos falar dos sonhos. Do quanto é importante acreditarmos neles e em nossa capacidade de torná-los realidade. 

Mesmo quanto existirem motivos para desistir deles. 

Certa vez numa escola o professor pediu que os alunos retratassem seus sonhos em uma redação. 

O aluno mais humilde da sala escreveu na redação que queria um rancho, para ter muitos cavalos e muito dinheiro para sua família. 

Quando recebeu a nota, o menino ficou chocado: tinha tirado “Insuficiente”! Ele procurou o professor e perguntou: 

- Por que o senhor me deu “Insuficiente”? 

O Professor respondeu: 

- O que você escreveu não é uma coisa real, possível. Você é muito pobre para ter tudo isso... Refaça sua redação que eu mudo sua nota. 

O garoto foi para casa desolado. Pensou durante o dia todo, mas nada mais lhe ocorria para desejar. Foi até o pai e perguntou: 

- Pai, o que eu faço? 

O Pai respondeu: 

- Tome sua própria decisão filho! 

O garoto pegou uma nova folha de papel e reescreveu a mesma redação, sem nenhuma mudança, e a entregou ao professor, dizendo: 

- O senhor mantém sua opinião, mantém minha nota e eu manterei meu sonho! 

Assim, anos mais tarde aquele aluno tornou-se um dos fazendeiros mais respeitados daquela região. 

Pense nisso...



sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Individual e o Coletivo - Eckhart Tolle





Toda emoção negativa que não é plenamente enfrentada nem considerada pelo que ela é no momento em que se manifesta não se dissipa por inteiro. Deixa atrás de si um traço remanescente de dor.

Para as crianças, em especial, as emoções negativas muito fortes são tão insuportáveis que elas não conseguem enfrentá-las, por isso tendem a evitá-las. Na ausência de um adulto consciente que as oriente com amor e sensibilidade a lidar de forma direta com esse tipo de emoção, a decisão de não sentir é, na verdade, a única opção da criança naquele momento.

Infelizmente, em geral, esse mecanismo básico de defesa continua a vigorar até à vida adulta. A emoção sobrevive sem que a pessoa perceba e manifesta-se de maneira indireta - por exemplo, como ansiedade, raiva, explosões violentas, mau humor ou até mesmo como uma doença. Em alguns casos, ela interfere em todos os relacionamentos íntimos, podendo até mesmo sabotá-los.

A maioria dos psicoterapeutas tem pacientes que, no início, afirmam ter vivido uma infância feliz, mas, com o tempo, o oposto acaba se revelando. Embora esses exemplos possam ser extremos, ninguém passa pela infância sem experimentar algum tipo de sofrimento emocional. Mesmo que nossos pais vivessem de modo consciente, teríamos sido criados num mundo que, em grande parte, permanece inconsciente.

As sobras de dor deixadas para trás a cada forte emoção negativa que não é enfrentada, aceita e depois abandonada de forma plena juntam-se formando um campo energético que vive em cada uma das células do corpo. Elas incluem não só os sofrimentos da infância como as emoções dolorosas que se agregam a eles depois, na adolescência e durante a vida adulta - e essas dores, em grande parte, são criadas pela voz do ego. É o sofrimento emocional que passa a ser nosso companheiro inevitável quando uma falsa sensação do eu é a base da nossa vida.

Esse campo energético de emoções muito antigas, mas ainda vivas, que subsiste em quase todos os seres humanos é o corpo de dor.

O corpo de dor, porém, não tem uma natureza apenas individual. Ele também engloba o sofrimento experimentado por um número incontável de pessoas ao longo da história da humanidade. Essa dor se caracteriza por um conflito tribal ininterrupto, escravidão, pilhagem, sequestros, torturas e outras formas de violência. Tal sofrimento ainda vive na psique coletiva e é aumentado todos os dias, como podemos constatar quando assistimos aos noticiários ou presenciamos os conflitos nos relacionamentos entre as pessoas. O corpo de dor coletivo é provavelmente codificado dentro do DNA de cada ser humano, embora não o tenhamos descoberto ainda.

Todo recém-nascido traz um corpo de dor emocional. No caso de alguns bebês, ele é mais pesado e mais denso do que em outros. Algumas dessas crianças são muito felizes na maior parte do tempo, enquanto outras parecem carregar uma imensa quantidade de infelicidade dentro de si. É verdade que há bebês que choram demais porque não recebem amor e atenção suficientes, porém outros choram sem nenhuma razão aparente, quase como se estivessem tentando tornar todos ao redor tão infelizes quanto eles próprios - e geralmente conseguem.

Eles chegam a este mundo com uma porção significativa do sofrimento humano. Existem ainda os recém-nascidos que choram com frequência porque sentem a emanação das emoções negativas do pai ou da mãe, e isso lhes causa sofrimento e também faz seu corpo de dor aumentar pela absorção da energia dos corpos de dor dos pais. Seja qual for o caso, à medida que o corpo físico do bebê cresce, o mesmo acontece com o corpo de dor.

Uma criança pequena que tem um corpo de dor leve não será necessariamente um adulto "mais avançado" em termos espirituais do que alguém com um corpo de dor denso. Na verdade, em geral acontece o contrário. Quem tem um corpo de dor pesado costuma ter mais chance de despertar espiritualmente do que quem possui um corpo de dor leve. Embora algumas dessas pessoas permaneçam presas ao seu corpo de dor pesado, muitas chegam a um ponto em que não conseguem mais viver com a infelicidade, e assim sua motivação para despertar se fortalece.

Por que o corpo de Cristo em sofrimento, sua face distorcida em agonia e seu corpo sangrando com numerosos ferimentos, é uma imagem tão significativa na consciência coletiva da humanidade? Milhões de pessoas, sobretudo na época medieval, não teriam tido uma afinidade tão profunda com ele, caso alguma coisa dentro delas mesmas não estivesse em consonância com essa imagem, se elas não a tivessem inconscientemente reconhecido como uma representação exterior da sua própria realidade interior - o corpo de dor.

As pessoas ainda não estavam conscientes o bastante para reconhecê-lo dentro de si mesmas, porém era o começo da sua tomada de consciência em relação a ele. Cristo pode ser considerado o arquétipo humano, incorporando tanto o sofrimento quanto a possibilidade de transcendência.

Eckhart Tolle

(Ego: conjunto de aproximadamente 12 mil vírus mentais, (eus), que se replicam e assumem o controle da mente).

sábado, 14 de junho de 2014

Corrigindo o Modo de pensar -2



Se  fosse possível resumir todos os sentimentos espirituais numa única frase, esta chegaria bem perto: 
" Faça  com que seu estado mental seja mais importante do que o que  você estiver  fazendo"

Tenho praticado o suficiente para saber que o ato de esvaziar a mente e deixar os pensamentos fluírem é bem melhor e mais saudável do que  a sensação oposta. Embora  já tivesse dado alguns passos  na direção certa,sentia que meu estado de espiritualidade não  estava completamente em paz. Por que eu tinha que passar por essa pequena provação? Por que não se pode fazer  com alegria meia dúzia  de pequenas tarefas?

Meu erro foi ter deixado as circunstâncias serem mais importantes do que o meu estado de espírito. Agora, para reverter isso, era preciso desbloquear minha  mente. Para isso, era  necessário cumprir  três etapas:

1ª -  Para  eliminar  o que impede a experiência  de plenitude e paz,você precisa examinar o impedimento.

[...]  Para falar a verdade  eu não estava exatamente  irritado por ter  interrompido meu trabalho para  fazer os cachorros  quentes para  os  meus  filhos, apenas me sentia um tanto  chateado com a sensação de que estava deixando de fazer   coisas  importantes e,claro, em conflito por estrar experimentando todos  esses  sentimentos.[...]

Quando me aprofundei no que estava sentindo, encontrei o pensamento que estava  bloqueando tudo: " Eu não deveria ter de  fazer o que não quero fazer" . Mas, logo me dei  conta  de quem  nem  mesmo eu acreditava  nessa ideia. Faço coisas  que não quero fazer  o tempo todo e, neste caso específico, eu queria  fazer   a comida dos meus  filhos e queria  ler  a proposta que  me  foi enviada.

Percebi que, na tentativa de entender o que eu realmente queria fazer, eu teria sabotado todo o  processo de  desprendimento  se houvesse desejado que os meus  filhos ou a situação mudassem.

Sempre  que desejamos  que as pessoas mudem ou que as circunstâncias  nos sejam favoráveis, estamos de  alguma  forma,nos eximindo da responsabilidade  por nosso  estado  mental. É  como se assumíssemos o papel de vítimas e ficássemos  torcendo para sermos poupados. Com certeza, existem vítimas  de verdade, mas  em geral, nos colocamos  desnecessária mente  neste  papel. E fazemos  isso todos os dias.

Quando o objetivo é manter o senso  de integridade, independente do que acontecer à nossa volta,não nos tornamos vítimas. Nada  fica  "fora de controle" se quisermos. Somos  nós que  deixamos  as pessoas  e as situações  serem quem são e o que  são. Isto não quer  dizer que aprovamos a maneira como se comportam e também não significa que deixamos de nos proteger das pessoas  destrutivas.

O problema é que pressionar  o coração dos outros não  muda  seus  corações. Apenas c ria um conflito,que divide a mente e confunde as nossas emoções. Ninguém em tempo algum se tornou  mais sensível ou mais  ponderado por ser julgado,maltratado ou atemorizado.


2ª  etapa: Para  superar o bloqueio, você precisa ter muita clareza do que quer.

Esta etapa parecia fácil. Afinal eu queria  fazer os cachorros quentes,atender o pedido dos meus  filhos e ser capaz de alterar  minha agenda  de trabalho - Tudo isso  em paz. 

Para  falar a verdade eu ansiava pela paz mais do que o pensamento que a estava bloqueando.
Refleti sobre  minha sinceridade a respeito de tudo isso. 
Achei que estava bem sólida.
Ok. Etapa resolvida.

3ª etapa: Para atingir a plenitude,você  deve reagir a partir da mente  íntegra, não da mente em conflito.

Esta etapa já soava  mais  difícil. Para  começar, era preciso descobrir a plenitude  que existe  dentro  de cada um de nós. Que todos  nós a possuímos é fato, mas trazê-la  à tona  é outra história. Em geral, nos sentimos  em paz quando estabelecemos uma ligação  amarosa  com as outras  pessoas. Mas, se a mente arrisca um pensamento perturbador e se as duas  primeiras etapas desse processo não forem realizadas com sinceridade, corre-se o risco de escorregar  e cair  nova,ente  no velho estado mental conflitante.

Para evitar esse risco é preciso  agir  com pureza  de alma. Será que  sinceramente  desejamos a paz aos  que  estão à nossa volta? Será que sinceramente desejamos uma mente que  conheça a  serenidade e que tenha  uma profunda ligação como nosso  parceiro(a), com nosso filhos, pais, irmãos e amigos? Ou seria  melhor resguardar nosso coração e permanecer em posição  de julgar  e de estar  sempre  com a razão?

Esta etapa pode se tornar um tanto complicada, especialmente se surgir a tentação de controlar nossas emoções mais destrutivas e impulsos mais  sombrios. Esses sentimentos  de fato exigem controle,mas a verdade é que não se  está em guerra  com as circunstâncias ou comportamentos e pensamentos. É exatamente o contrário. 

Quando se está numa batalha inútil, o melhor  a fazer  é abandonar o campo de batalha.

A razão pela  qual um bicho traz  felicidade a seu dono, um filho a seus pais e uma mulher a seu marido, é  que sentimos amor. Quando não se ama, o mais dedicado bichinho,planta,filho ou amante não tocará o nosso coração.

Por milhares de anos, nos disseram que o amor é maravilhoso. A  maioria das pessoas acredita que ser amado é uma sensação maravilhosa. E é. Mas, antes de  você conhecer  "o amor", é preciso amar. Quando se ama, você recebe mais  do que a sensação  de  ser amado. 

Como é  fato que, as pessoas  amam, elas  ficam completamente envolvidas na sensação do amor,há pais e mães que se sentem felizes por serem amados  pelos  filhos problemáticos,seus  bichinhos  complicados  e seus  parceiros obesos. Encontramos casais  muito idosos que, obviamente,não são mais atraentes como eram, mas  conseguem enxergar e sentir a beleza do amor.
Para  que isto aconteça, basta acessar sua mente amorosa e tranquila - Não a mente  preocupada e fragmentada.

Saiba que ninguém passa diretamente de uma abordagem conflitante  para  uma  de pura unidade  e paz. Para ser realista,fazer o melhor possível hoje  já é  ótimo. Basta  um pequeno progresso a cada  dia, afinal, é o rumo que importa. Este  é, sem dúvida, um objetivo mais  estimulante  e mais  produtivo do que  tentar  a realização  total e plena.

Hugh Prather






Corrigindo o modo de pensar - 1




Uma mente tranquila vê o que está aqui. 

Uma mente ocupada vê o que não está aqui. 

Aquele que está presente é nada mais nada menos do que aquele que está presente. 

Portanto, você pode pensar o que quiser sobre as pessoas, 

mas saiba que isso não vai transformá-las. 



Nossa vida é cheia de batalhas inúteis exatamente porque nossa mente é cheia de pensamentos inúteis. Sofremos por histórias do passado como se elas ainda estivessem acontecendo e temos o hábito de ficar ruminando sobre o que acabamos de fazer. É preciso esvaziar a mente. Quando não conseguimos nos desvencilhar dos pensamentos negativos,eles diminuem nossas chances de ser feliz. 

É o caso da sogra que não consegue aceitar seu genro porque ele é do tipo que usa piercing no nariz e algum escondido em outra parte do corpo. Ela está apenas atacando sua própria capacidade de amar. Sua rejeição não mudará o genro, nem o amor que sua filha sente por ele - apenas a afastará do amor da filha. 

Hugh Prather - “ Não Leve a Vida Tão a Sério”

sábado, 24 de maio de 2014

Faça Amor Não Faça Guerra




Nossos condicionamentos não tem limites, a humanidade está cega ou quase isso, os antolhos colocados não permitem discernir uma frase, tudo é levado como se diz por aí ao pé da letra, não se permite refletir sobre o que se lê, desde o livro sagrado até postagens nas redes sociais o que é mais comum hoje. Percebo o automatismo sem consciência, mais vale dar uma resposta imediata sobre o que foi postado a pensar e refletir sobre o assunto. Ora, se não conseguimos mais ter discernimento, consciência sobre o que falamos, observamos, como agimos e vivemos, o que de fato estamos fazendo com nossas vidas? 

Outro detalhe, é o envolvimento religioso em todo e qualquer assunto; pensemos um pouco, se tenho a necessidade de colocar minha fé ou Deus no meio daquela conversa (que não tem nada a ver com religião) para impor a “minha verdade pessoal” é óbvio que já fiz um julgamento precipitado, a condenação já ocorreu e a sentença já foi declarada, sem mesmo antes dar voz PROFUNDA ao assunto. Penso ser o caminho inverso ao da fé ou seja , vai contra tudo o que as religiões pregam “ Não Julgueis”.

Sempre digo e repito, constatar fatos é uma coisa e fazer um pré julgamento é outra, precisamos pensar mais e não ser tão imediatistas, tudo tem os dois lados da moeda.

O que me levou a esta reflexão foi uma frase de John Lennon publicada na Net, onde estava escrito: 

“ Precisamos nos esconder para fazer amor... Enquanto a violência é praticada a luz do dia.” 

Uma mente como a de John Lennon não quis dizer que devemos sair por aí fazendo sexo a luz do dia, ele quis falar dos VALORES da sociedade, até porque para ele sexo COM AMOR não é pecado e nem delito e SEXO NÃO É AMOR. Ele quis dizer, que a violência está banalizada, nos surpreendemos mais com um ato de Amor,o que deveria ser natural do que com a violência diária que assistimos passivamente.  

A palavra FAZER tem como sinônimos , agir, executar , realizar uma ação, aí entra o verdadeiro sentido da frase. Quantos de nós não pratica O AMOR UNIVERSAL, por vergonha, medo, comodidade ou até mesmo por omissão e indiferença ao sofrimento alheio? Quantos de nós dá aos pobres um prato de comida por dia? Quantos de nós leva um agasalho aquele que tem frio? Quantos de nós faz um carinho em uma criança de rua? Quantos de nós ajuda um idoso a atravessar a rua? Quanto de nós se atreve a defender um indefeso? E a lista não tem fim. "Fazer"  Amor implica  alguns atos de bondade e caridade.

AMOR minha gente , não é SEXO, isso é outra coisa... 

Precisamos começar a separar as coisas, em algum momento alguém fez o DESFAVOR DE SE REFERIR AO SEXO COMO UM ATO DE AMOR, PELO TABU que ainda representa , e o termo pegou como chiclete, mas não é verdade e todos nós sabemos disso CONSCIENTEMENTE, contudo ainda precisamos maquiar nossos desejos para que nos sintamos mais a vontade com nós mesmos. 

Pausa para reflexão  meus amigos {.............}  Nem tudo é o que parece...pensemos....

Daisi Oliveira de Souza

a.mor, Substantivo

sentimento de gostar muito de outra pessoa ou coisa, de forma a querer e fazer o bem para essa pessoa, ser vivente ou mesmo coisa

(No mínimo, uma pequena definição para o maior e melhor sentimento que se possa ter verdadeiramente)

se.xo, substantivo masculino

1. definição biológica de gênero de um animal ou vegetal; pode ser feminino, masculino ou hermafrodita; quando não se tem definição considera-se um ser vivo como assexuado

· O Y é bem conhecido do público por determinar o sexo masculino nos humanos. (notícia do jornal O Estado de São Paulo de 04 de janeiro de 2008)


3. ato sexual; como atividade de união humana pode ser oral, anal, vaginal, virtual (sem interação física)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Felicidade como um papel X A Felicidade Verdadeira - Eckhart Tolle




- Como vai você?

- Ótimo. Não poderia estar melhor. . Verdadeiro ou falso?

Em muitos casos, a felicidade é um papel que as pessoas representam.

Um exterior sorridente pode ocultar um grande sofrimento. Depressão, esgotamento e reações exageradas são comuns quando a infelicidade é  encoberta por sorrisos, sempre que há negação, algumas vezes até mesmo  para si próprio, de que existe muita infelicidade.

Quando nos sentimos infelizes, primeiro precisamos reconhecer esse fato. E nunca afirmarmos: "Sou infeliz." A infelicidade não tem nada a ver com quem nós somos. Se você estiver passando por isso, diga: "Há infelicidade em mim." Depois, analise o que está acontecendo na sua vida.

Uma situação em que você se encontra pode ter algo a ver com essa sensação. 
Talvez seja preciso fazer alguma coisa para mudá-la ou para sair dela. Se não houver nenhuma solução ao seu alcance, encare isso e afirme: "Bem, é o que está acontecendo neste momento. Não posso nem aceitar isso nem me sentir  infeliz." 

A causa primária da infelicidade nunca é a situação, mas nossos pensamentos sobre ela. Portanto, tome consciência dos pensamentos que estão lhe ocorrendo. Separe-os da situação, que é sempre neutra - ela é como é. Existe a circunstância ou o fato, e você terá seus pensamentos a respeito  deles. Em vez de criar histórias, atenha-se aos fatos. Por exemplo: "Estou arruinado" é uma história. Ela limita a pessoa e a impede de tomar uma  providência eficaz. "Tenho 50 centavos na minha conta" é um fato. Encarar os fatos é sempre fortalecedor. Tome consciência de que, na maioria das vezes, o que você pensa é o que cria suas emoções - observe a ligação entre  eles. Em vez de ser seus pensamentos e suas emoções, seja a consciência por  trás deles.

Não busque a felicidade. Se fizer isso, não a encontrará porque buscar é a antítese dela.

 A felicidade é sempre evasiva, contudo você pode se libertar da infelicidade agora, encarando-a em vez de criar histórias sobre ela. A  infelicidade encobre nosso estado natural de bem-estar e nossa paz interior, que são a origem da verdadeira felicidade.

Eckhat Tolle - In  O Despertar da Nova Consciência

Vilão, Vítima, Amante - Eckhart Tolle



Quando não conseguem obter elogios nem admiração, alguns egos procuram outras formas de chamar a atenção ou interpretam papéis para consegui-la. Caso não obtenham atenção positiva, podem buscar atenção negativa - por exemplo, provocando uma reação desagradável em alguém. 

Há inclusive casos de crianças que fazem isso. Elas adotam um mau  comportamento para se fazer notar. A interpretação de papéis negativos torna-se particularmente acentuada quando o ego é intensificado por um  sofrimento emocional do passado que deseja se renovar com uma experiência diferente. Alguns egos cometem crimes na sua busca pela fama. Eles procuram atenção por meio da notoriedade e da condenação por parte das pessoas. "Por favor, me diga que eu existo, que não sou insignificante" parece ser sua mensagem. Essas formas patológicas do ego são apenas versões mais extremas dos egos normais.

Um papel muito comum é o de vítima, e a forma de atenção que o ego busca é a solidariedade, a piedade ou o interesse dos outros pelos "meus" problemas, por "mim e minha história". Ver-se como vítima é um componente de muitos padrões egoicos, como queixar-se, sentir-se ofendido, ultrajado, e assim por diante.

É claro que, depois que uma pessoa se identifica com uma história em que assume o papel de vítima, ela não quer que isso termine, e assim, como muitos terapeutas sabem, o ego não deseja o fim dos seus "problemas" porque eles fazem parte da sua identidade. Se ninguém deseja escutar sua triste história, a pessoa pode contá-la mentalmente para si  mesma quantas vezes tiver vontade e sentir pena de si própria. Dessa forma, sua identidade será a de alguém que não está sendo tratado com justiça pela vida, por outros indivíduos, pelo destino ou por Deus. Essa atitude define a imagem que ela faz de si mesma, torna-a alguém - e isso é tudo o que importa ao ego.

No início de muitos relacionamentos chamados românticos, a
interpretação de papéis é bastante comum no sentido de atrair e manter a pessoa que é percebida pelo ego como aquela que fará o indivíduo feliz, especial e satisfará todas as suas necessidades. "Eu interpreto quem você quer que eu seja, enquanto você representa quem eu desejo que você seja." Esse é um acordo implícito e inconsciente. No entanto, a interpretação de papéis é um trabalho árduo que as pessoas não conseguem sustentar por um tempo indefinido, sobretudo depois que começam a viver juntas.

O que vemos quando esses papéis se acabam? Na maioria dos casos, ainda não a verdadeira essência do ser, mas aquilo que a encobre: o ego em estado natural, despido dos seus disfarces, com os sofrimentos que traz do passado e seu querer insatisfeito, que agora se transforma em raiva, provavelmente direcionada ao 
parceiro ou à parceira por ter deixado de remover o medo subjacente e o sentimento de insatisfação que é uma parte intrínseca da percepção egoica do eu.

Na maior parte das vezes, aquilo que costumamos chamar de 
"apaixonar-se" é uma intensificação do desejo e da necessidade do ego.

Ficamos viciados na outra pessoa ou na sua imagem. Isso não tem nada a ver com o verdadeiro amor, que implica não querer nada. A língua espanhola é a  mais honesta com relação às noções convencionais do amor: te quiero significa tanto "quero você" quanto "te amo". A expressão "te amo", que não tem essa ambiguidade, dificilmente é usada - talvez porque o verdadeiro amor seja de fato muito raro.

Eckhart Tolle In O Despertar de uma nova consciência




quarta-feira, 16 de abril de 2014

O CAMINHO DO MAGO – Deepak Chopra





Existe um Mago dentro de todos nós.

Esse Mago tudo vê e tudo sabe.

O Mago está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor.

Tudo que o Mago vê tem suas raízes no mundo invisível.


A natureza reflete o estado de alma do Mago.

O corpo e a mente podem adormecer, mas o mago está sempre desperto.

O Mago possui o segredo da imortalidade.

A volta da magia só pode acontecer com o retorno da inocência.

A essência do Mago é a transformação.

Quem sou eu?

É a única pergunta que vale a pena ser feita e a única que jamais é respondida. É seu destino desempenhar uma infinidade de papéis, mas esses papéis não são você.O espírito não é localizado, mas deixa atrás de si uma impressão digital que chamamos de corpo.

Um Mago não acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Um Mago é um mundo que sonha com eventos localizados.

Os Magos não acreditam na morte. À luz da consciência, tudo está vivo! Não existem inícios ou fins. Para o Mago, eles não passam de elaborações mentais. Para viver mais plenamente, é preciso morrer para o passado. As moléculas se dissolvem e se extinguem, mas a consciência sobrevive à morte da matéria na qual ela viaja.

A consciência do Mago é um campo que existe em toda a parte. As correntes de conhecimento contidas no campo são eternas e circulam eternamente. Séculos de conhecimento estão comprimidos em momentos reveladores. Vivemos como ondulações de energia no vasto oceano de energia.

Quando o ego é posto de lado, temos acesso à totalidade da memória. Quando as portas da percepção forem purificadas, você começará a enxergar o mundo invisível: o mundo do Mago.

Existe dentro de você um manancial de vida onde você pode purificar-se e transformar-se.Purificar-se consiste em livrar-se das toxinas da sua vida: emoções tóxicas, pensamentos tóxicos e relacionamentos tóxicos. Todos os corpos vivos, físicos e sutis, são feixes de energia que podem ser diretamente percebidos.

O Mago vive num estado de conhecimento. Esse conhecimento dirige sua própria realização. O campo da consciência se organiza ao redor das nossas intenções. O conhecimento e a intenção são forças. O que você pretende muda o campo ao seu favor. As intenções comprimidas em palavras envolvem o poder mágico.

O Mago não tenta solucionar o mistério da vida. Ele está aqui para vivê-lo.

Todos possuímos um eu - sombra que é a parte da nossa realidade total. A sombra não está presente para magoá-lo e sim para mostrar-lhe onde você está incompleto. Quando a sombra é abraçada, ela pode ser curada. Quando ela é curada, ela se transforma em amor.Quando você puder viver com todas as suas qualidades opostas, você estará vivendo seu eu total como o Mago.

O Mago é o mestre da alquimia. A alquimia é a transformação. É através da alquimia que você começa a busca da perfeição. Você é o mundo. Quando você se transforma, o mundo em que você vive também será transformado.

As metas da busca – o heroísmo, a esperança, a graça e o amor – são a herança do intemporal.

Para invocar a ajuda do Mago, você precisa ser forte na verdade, sem ser teimoso no julgamento.

A sabedoria está viva e é, portanto, sempre imprevisível. A ordem é outra face do caos, o caos é outra face da ordem. A incerteza que você sente interiormente é a porta de entrada para a sabedoria. A insegurança sempre estará com o que busca: ele continua a tropeçar, mas nunca tomba.

A ordem humana é feita de regras. A ordem do Mago não tem regras: ela flui com a natureza da vida.

A realidade da sua experiência é uma imagem especular das suas expectativas. Se você projetar as mesmas imagens todos os dias, sua realidade será a mesma todos os dias. Quando a atenção é perfeita, ela cria ordem e clareza a partir do caos e da confusão.

Os Magos não lamentam a perda, porque a única coisa que pode ser perdida é o irreal.Mesmo que você perca tudo, o real permanecerá. No cascalho da devastação e do desastre estão enterrados tesouros ocultos. Quando você examinar as cinzas, examine bem!

Na medida em que você conhece o amor, você se torna o amor. O amor é mais do que uma emoção. Ele é uma força da natureza e, portanto, tem que conter a verdade. Quando você pronuncia a palavra amor, você pode captar o sentimento, mas a essência não pode ser proferida. O amor mais puro situa-se onde é menos esperado: no desapego.

Além de andar, sonhar e dormir existe infinitas esferas de consciência. O Mago existe simultaneamente em todas as épocas. O Mago enxerga infinitas versões de cada evento. As linhas retas do tempo são na verdade fios de uma teia que se estende em direção ao infinito.

Os buscadores nunca se perdem, porque o espírito está sempre acenando para eles. Os buscadores recebem continuamente pistas do mundo do espírito. As pessoas comuns chamam essas pistas de coincidências. Não existem coincidências para o Mago. Cada evento existe para expor outra camada da alma.

O espírito deseja conhecê-lo. Para aceitar esse convite, você precisa deixar cair suas defesas. Comece a procurar em seu coração. A gruta do coração é o lar da verdade.

A imortalidade pode ser vivida em meio à mortalidade. O tempo e o intemporal não são opostos. Por abarcar tudo, o intemporal não tem oposto.

No nível do ego, nos esforçamos para resolver nossos problemas. O espírito percebe que o problema é o esforço. O Mago tem consciência da batalha entre o ego e o espírito, mas compreende que ambos são imortais e não podem morrer. Cada aspecto seu é imortal, até mesmo as partes que você julga com mais severidade.

Os Magos jamais condenam o desejo. Foi seguindo seus desejos que eles se tornaram Magos.
Todo desejo é criado por algum desejo passado. A cadeia do desejo nunca acaba. Ela é a própria vida. Não considere nenhum desejo inútil ou errado: um dia cada um deles será realizado.
Os desejos são sementes que esperam o momento propício para germinar. A partir de uma única semente de desejo, florestas inteiras se desenvolvem. Acalente cada desejo do seu coração, por mais trivial que ele possa parecer. Um dia esses desejos triviais o conduzirão a Deus.

O maior bem que você pode fazer ao mundo é tornar-se um Mago!

Texto retirado do livro O CAMINHO DO MAGO – Deepak Chopra

A morte e os estados de Consciência - Eckhart Tolle



"Participante - Um amigo meu morreu baleado há dois dias atrás, então surgiu uma questão em minha mente: O que acontece no momento da morte?

E. Tolle - Bem, eu ainda não passei pela morte física.Um mestre zen foi perguntado sobre a vida depois da morte, e ele disse: "Eu não sei". E eles disseram: "Porque você não sabe, você é o mestre!". "E ele disse: Sim, mas eu não sou um mestre morto."

Eu entrei bem profundamente no que se poderia chamar morte e identificação com a forma.Então, de certa maneira entrei neste contexto; e posso dizer e saber que em última análise morte é dissolução da forma.
O eterno em nós, que eu conheço de primeira mão, não pode ser tocado por isso.

Eu diria que, o que exatamente acontece no momento da morte, depende de em qual "estado de consciência" você está. Qual é o "estado de consciência" predominante neste seu tempo de vida.

Se neste tempo de vida, você está continuamente identificado com a forma, com seu corpo ou a forma psicológica do "eu", significa que esta atual expressão da consciência ainda está em um certo estado de sonho, que é a identificação com a forma.Então, você pode facilmente extrapolar que, se a tendência da consciência em se identificar com a forma ainda está presente e o "despertar" ainda não aconteceu, então essa tendência continuará e haverá subsequentes identificações com a forma, e o processo vai continuar; a consciência que não está plenamente desperta irá continuamente se identificando com a forma mais uma vez. Isso gradativamente até que chegue em um ponto onde o "despertar" aconteça.

Por outro lado, caso já tiver ocorrido uma desidentificação com a forma neste tempo de vida, você então, pode ir além disso; além do impulso compulsivo em se identificar com a forma, e para buscar por outra forma ou por um outro ciclo de identificação com a forma.

Esta compulsão por buscar subsequentes experiência que se identificam com a forma estará mais fraca ou estará completamente ausente. E neste caso, a consciência que você é não mais está sujeita a esse reino, e não mais buscará re-experimentar esse reino da forma.

Mas, em ambos os casos, eu posso lhe dizer que está tudo bem. 
Não importa realmente se essa pessoa necessita de subsequentes experiências de identificação e nesse caso, isso lhe ocorrerá.Ou, se ela já está livre dessa sujeição e nesse caso ela irá seguir em frente, e viver em um reino que não pode nem mesmo ser concebido daqui onde estamos, mas que também está profundamente dentro daquilo que É.Mas nem precisamos falar sobre isso aqui.

No Curso em Milagre resume isso em duas linhas: "Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisto está a Paz de Deus."

O que é real dentro do seu amigo, está além da forma. Todos quando vêem um corpo morto, percebem que aquele não é mais quem você conhecia, é apenas uma casca.
Então, "Nada que é real pode ser ameaçado, e nada irreal fundamentalmente existe."

Isto é porque todos os mestres de todas as tradições dizem que este reino da forma é essencialmente ilusório.
Essencialmente...
Depende de qual nível você está olhando.
O importante é que tudo está bem como está.Além das aparências no nível da forma que é o único nível onde a morte existe, que é a transição de uma forma par outra forma, ou de uma forma para o "sem forma".
Isso é o que a morte é. Nada mais que isso..Nada real morre..

Em suma podemos dizer que não há tal coisa como a morte.É somente algo que parece ser. É uma transmutação da forma. Ou a forma se dissolve ou passa a uma outra forma, a uma outra identificação com a forma.

Para você é importante, frente a morte, voltar-se para o espaço de quietude dentro de si mesmo. Especialmente quando você está ao lado de uma pessoa que está no processo de morte; ou quando de confronta com alguém que acaba de morrer.
Imediatamente feche os olhos, e volte-se para quietude interior, e você percebe que você É. E quando você percebe que você é a consciência "sem forma", então você percebe também que nada real morre.O que fundamentalmente quer dizer que não há nenhuma morte.

Isso não significa que você não possa ficar triste. Você pode se permitir ficar triste, chorar...mas ao mesmo tempo perceber que nada real morre.

Isso aconteceu comigo quando meus pais morreram há dois anos atrás, em um espaço de seis meses um do outro.
Então, fui confrontado em um curto espaço de tempo com a perda de duas pessoas amadas.
Sim, fiquei triste, chorei.. mas ao mesmo tempo havia a percepção que, em última instância não havia nenhuma morte e quem eles eram em essência, não tinha sido destruído, tanto quanto sei que eu, em minha essência não posso ser destruído.

Então, o que vem da auto percepção, do auto conhecimento é a percepção que o outro também está além da morte. 
É assim que você pode coexistir com o nível onde há espaço para a tristeza, luta, as lágrimas e isso vem em ondas; e notar que quando geralmente alguém próximo morre a tristeza vem em ondas e você chora e isso o alivia e aí vem outra onda. E mesmo quando uma onda vem pode haver uma corrente subjacente de paz.

Então, você não está totalmente naquela emoção, e ela está lá na sua espacialidade própria. E o espaço que subjaz a emoção é a Paz. E é somente dessa paz interior que você pode perceber, a verdade que está além disso."

Eckhart Tolle em Satsang